Deformidades Cranianas Posicionais: Plagiocefalia, Braquicefalia e Escafocefalia

As deformidades cranianas posicionais são alterações na forma da cabeça do bebê, decorrentes principalmente da posição prolongada em repouso. Não afetam o desenvolvimento cerebral, mas envolvem preocupações estéticas e, em casos raros, podem estar associadas a outras condições.

Tipos principais
Plagiocefalia: assimetria craniana, com achatamento unilateral na parte posterior da cabeça, muitas vezes acompanhada de desalinhamento das orelhas e da testa.
Braquicefalia: achatamento simétrico e amplo na parte posterior, resultando em um crânio mais largo e curto.
Escafocefalia: formato longo e estreito da cabeça, mais comumente associado à craniossinostose da sutura sagital (condição diferente que requer avaliação especializada).

Causas e prevenção
Principal causa: posicionamento prolongado de costas (como recomendado para prevenção da Síndrome da Morte Súbita).
Pode ser agravada por: torcicolo muscular congênito, prematuridade ou gestação múltipla.
Prevenção: alternar a posição da cabeça do bebê durante o sono, incentivar o “tempo de barriga” (sob supervisão) quando acordado e variar a direção de amamentação e brincadeiras.

Diagnóstico e tratamento
O diagnóstico é clínico, feito pelo pediatra através de observação e medição do crânio.
O tratamento inicial é conservador: correção posicional e fisioterapia (especialmente se houver torcicolo).
Em casos moderados a graves que não respondem à terapia posicional, pode ser indicado o uso de órtese craniana (capacete modelador).

Lembre-se
A maioria dos casos responde bem às medidas de reposicionamento precoce. A avaliação médica é crucial para diferenciar uma deformidade posicional simples de uma craniossinostose, que é uma condição mais séria e geralmente requer correção cirúrgica. O acompanhamento com o pediatra garante a abordagem adequada e a tranquilidade da família.